A relevância das formações contínuas

Quem concluiu uma formação profissional inicial, sabe como é: com o exame final aprovado e o diploma na carteira, agora é só entrar no mercado de trabalho. Finalmente. Acabaram-se as longas horas de estudo e o stress dos exames!

Deixemos que os recém-graduados se estreiem sem preocupações. Mas quem tem ambição e não quer estagnar no trabalho, é confrontado rapidamente com o tema da formação contínua. Porque só quem aumenta as suas competências e atualiza regularmente os seus conhecimentos é capaz de se manter feliz no trabalho que faz.

É possível fazer as formações contínuas a tempo inteiro, em regime pós-laboral ou a tempo parcial. Com efeito, há sempre mais procura de programas modulares e flexíveis, em que é possível frequentar módulos específicos – ao ritmo individual de cada estudante.

Mas porque devo fazer este investimento? Afinal, os seminários e cursos de qualidade não são propriamente baratos. Perguntámos a diplomados o motivo que os levou a fazer uma formação contínua (ver vídeo) e resumimos as vantagens principais no texto.

É óbvio: quem tem mais do que uma formação profissional inicial feita há 20 anos no CV, é mais interessante para os recursos humanos e para os empregadores – aumentando, assim, as suas chances no mercado de trabalho.

Gosta do seu empregador e não pensa apresentar-se à concorrência depois de ter o diploma na mão? Se, numa avaliação de desempenho, abordar o tema da promoção apresentando uma competência nova, as suas chances de subir na carreira interna aumentam consideravelmente.

Uma formação contínua é positiva para si e para o seu atual empregador. Os conhecimentos adquiridos entram diretamente nas suas tarefas, a melhoria das suas competências também é uma vantagem para os seus colegas e, em função do tema, talvez até possa, a meio prazo, assistir o seu chefe.

Segundo cálculos do Centro Europeu de Estudos Económicos (Zentrum für Europäische Wirtschaftsforschung, ZEW), uma formação pode levar a um aumento salarial médio de cinco a seis por cento. Mas há que ter em conta que as novas competências não resultam diretamente no ajuste do salário. O mais comum é que o aumento salarial seja indireto, uma vez que o know-how adquirido qualifica a pessoa para exercer funções mais exigentes, assumir responsabilidades de chefia ou até mudar de emprego.

Os inquéritos realizados indicam que quem realiza formações contínuas na sua área sente mais satisfação no trabalho. Isto porque estas formações permitem às pessoas aumentar as suas capacidades para um nível exigido pelas suas tarefas. Quem está mais bem preparado para realizar as suas tarefas e se sente mais competente para tal, tem mais autoconfiança e satisfação no trabalho.

Quando ampliamos os nossos conhecimentos também aumentamos as possibilidades de aceitar novos desafios. Pessoas com melhores qualificações têm mais opções quando procuram emprego. Mudar para uma nova posição ou para outro empregador torna-se mais fácil.